terça-feira, 21 de junho de 2016

ENCONTRO MENSAL - JUNHO



No dia 18 de junho, de 8h30 às 11h30, na sala 11, no Centro de Pastoral, foi realizado o           QUARTO ENCONTRO DE FORMAÇÃO DA PASTORAL DO DÍZIMO DA ARQUIDIOCESE.
A acolhida e oração foram feitas pela região Santana. Em seguida, a coordenadora da EAPADI, Santana dos Santos deu as boas vindas aos presentes e convidou o missionário Lino Pontes para ministrar o estudo sobre o tema: Dízimo, perguntas e respostas.
Lino começou a formação fazendo uma abordagem sobre o dízimo como expressão de comunidade. Disse que a palavra dízimo só ganha sentido: quando é vivida em comunidade; quando se faz dela uma profunda experiência de partilha; quando é compreendida como um sinal de fidelidade a Deus. Pois “é na comunidade que se faz a experiência com Deus; se vive e testemunha a fé e se vive a unidade.”
Em seguida, apresentou as seguintes perguntas e respostas sobre o dízimo:
01) Alguém na comunidade está dispensado de contribuir com o dízimo?
Não, ninguém está dispensado de contribuir com o dízimo, nem mesmo o padre.Todos, sem exceção, devem contribuir, porque o Dízimo representa uma atitude de gratidão do homem diante das bênçãos e graças que recebe de Deus.
02) Quem contribui com o dízimo tem a obrigação de pagar as taxas paroquiais?
Sim. Todos os dizimistas devem pagar as taxas igualmente como os não-dizimistas. Ser dizimista não é ter privilégios diante dos homens e sim um gesto de gratidão a Deus. Entretanto, com o fortalecimento do dízimo, a paróquia poderá, paulatinamente, ir reduzindo as taxas para todas as pessoas da comunidade.
03) Com quanto devemos contribuir com o dízimo?
Quando o dízimo nasceu no Antigo Testamento, correspondia à décima parte, portanto 10%. Jesus, entretanto, tirou o dízimo da dimensão matemática e o colocou na dimensão do amor, ou seja, na dimensão da justiça e da misericórdia. A partir daí a sua generosidade não está mais limitada a 10%, a sua consciência e o seu coração é que definem o valor da sua contribuição dizimal.
04) O dízimo pode substituir a renda das festas?
Sim, se todos os paroquianos contribuíssem fielmente, pois nas festas coletamos os brindes para leiloar ou vender, arrecadamos a matéria, o espírito não. Conseguimos as ofertas,     o coração do ofertante não. Fazemos a caridade sem a corresponsabilidade. Com o dízimo é diferente, trazemos a contribuição e despertamos para o engajamento. O dízimo é ato de fé, sinal de conversão.
05) O padre não acaba ficando com o dinheiro do dízimo?
Não! O padre recebe o seu salário estipulado pelas normas da Diocese. Esse salário é retirado do dízimo, e é justo que o seja, uma vez que o padre está a serviço da comunidade em tempo integral. Portanto, o dízimo não é para o padre e sim para a comunidade da qual o padre faz parte. O próprio padre, ao receber seu salário, também deve contribuir com o dízimo.
06) Na minha vizinhança têm muitos pobres, posso dar o dízimo a eles?
Não. O dízimo deve ser levado à Igreja. Aos pobres podemos fazer a caridade ou dar esmolas, que são outras formas de partilhar os bens que temos com os irmãos mais necessitados.
07) Estou há alguns meses com o dízimo atrasado e resolvi voltar a contribuir. Devo quitar o atrasado?
O Dízimo é produto do trabalho do homem, se você não contribuiu porque não teve rendimento no período, não é preciso quitar o atrasado. Por outro lado, se você atrasou por negligência, é bom fazer um exame de consciência, pois o dízimo é um ato de fé e gratidão a Deus e amor a igreja local onde você participa. Lembre-se que a Igreja tem despesas a pagar.
08) Se firmei um compromisso de contribuir mensalmente com determinado valor, mas por algum motivo não pude dar tal quantia, posso dar um valor menor?
Sim. Você poderá dar um valor menor, assim como poderá dar um valor maior. A sua consciência e o seu coração é que determinam o valor da sua devolução.
09) Tenho dívidas a pagar, devo contribuir com o dízimo já, ou quando estiver livre dos meus débitos?
Devemos sempre agradecer a Deus, o dízimo é uma das formas de demonstramos nossa gratidão. Contudo não devemos esquecer-nos do que disse Jesus: “quero misericórdia e não sacrifícios”. Coloque sempre Deus em primeiro lugar na sua vida. Você não gostaria que Ele deixasse você em segundo plano, não é mesmo?
10) As ofertas ajudam a Igreja assim como o dízimo?
Sim. As ofertas, coletas feitas nas missas e cultos, complementam a receita da comunidade. O dízimo é um compromisso estável.  A oferta é doação feita ocasionalmente, fruto da generosidade do ofertante.
11) Os pobres também devem contribuir com o dízimo?
SIM. Porque eles também têm muito que agradecer a Deus. Por menor que seja o dízimo que ofereçam, tem muito valor para Deus.
12) O dízimo é um dever comunitário?
SIM. Não existe dízimo sem o espírito de comunidade. Pois, se vivo em comunidade, deveria conhecer suas necessidades, se conheço suas necessidades é meu dever ajudar supri-las. Uma das formas de ajudar suprir as necessidades de minha comunidade é por meio do dízimo.
13)Não basta, portanto, apenas contribuir com o dízimo?
Não, não basta. O dízimo é uma das expressões da fé, mas não a única. A participação nas celebrações, nos sacramentos, nos ministérios, no serviço prestado aos empobrecidos são, juntamente com o dízimo, expressões de uma fé adulta e consciente.
14)                      O dízimo ajuda a formar a comunidade?
SIM. O dízimo cria a comunhão na família de Deus. Cria uma corresponsabilidade na formação moral e espiritual da comunidade paroquial. A comunidade é uma família onde todos devem se considerar irmãos e devem participar da vida uns dos outros.
15)                      O dízimo é pagamento?
 Não. Contribuir com o dízimo é devolver a Deus uma pequena parte do muito que Ele nos dá. A graça de Deus não tem preço; nem todo o dinheiro do mundo pode comprá-la. O dízimo não é pagamento, mas sim devolução daquilo que a Deus pertence.
16)                      O dízimo é uma atitude de amor?
 Sim. Contribuir com o dízimo é uma atitude de amor que brota do coração de quem sabe ser grato para com Deus. O dízimo perde a sua razão de ser, quando ofertado por medo, interesse ou superstição.
17)                      Uma pessoa que trabalha sem carteira assinada deve dar o dízimo?
Sim. O dízimo é produto do trabalho honesto do homem, seja trabalho de carteira assinada ou trabalho no mercado informal.
18)                       O dízimo pode ser recebido em domicílio ou o dizimista deve levá-lo à Igreja?
O destinatário do dízimo é Deus, então é na casa dele que devemos levá-lo. Deus mesmo nos diz isso na Bíblia em Deuteronômio, capítulo 22, “Então, no lugar em que o Senhor escolheu, para nele estabelecer o seu nome, ali levareis todas as coisas que vos ordeno, vossos dízimos, vossas primícias e as ofertas que tiverdes escolhido por voto ao Senhor.”
19)                      O dízimo é individual?
Se partirmos do principio da gratidão, SIM, pois todos devem agradecer a Deus.
20)                      Criança deve contribuir com o dízimo?
Criança, pela Lei vai até aos 12 anos. Nessa idade é proibido trabalhar e o dízimo é produto do trabalho do homem. Mas sabe-se que existem crianças que têm renda fixa como: mesada, pensão, bolsa família etc, nestes casos é possível contribuir, porém mais importante do que pedir a contribuição da criança e/ou do adolescente é fundamental que em primeiro lugar se faça um trabalho de catequese, a fim de que esta saiba o que é o dizimo e qual a sua importância para a vida da Igreja. Além disso, recomenda-se que sempre se tenha o consentimento dos pais ou responsáveis, a fim e se evitar possíveis problemas com a Lei civil.
O lanche foi partilhado pela região Menino Deus. Após o lanche, deu-se continuidade a formação.
Quase ao final do estudo, o Côn. Djalma Lopes pediu a palavra e falou sobre a importância de participarmos das formações, a fim de que possamos esclarecer as pessoas o verdadeiro sentido do dízimo na Igreja.
Após a participação do Cônego, Lino fez a conclusão da formação.
O próximo ENCONTRO será realizado no dia 13 de agosto, no horário de 8h30 às 11h30, na sala 11, no centro de pastoral da Arquidiocese.
Tema: Troca de experiência sobre a Semana Missionária.